terça-feira, 3 de junho de 2014

Motivando a Solidariedade: Palavras de Uma Doadora de Sangue


"Dinheiro Nenhum Vai Fazer Aquilo que Seu Sangue Pode Fazer "
(Amanda de Pauli, Doadora de Sangue) 

Todos os dias acontecem centenas de acidentes, cirurgias e queimaduras violentas que exigem transfusão, assim como os portadores de hemofilia, leucemia e anemias.
 Atualmente, são coletadas no Brasil 3,6 milhões de bolsas por ano, o que corresponde ao índice de 1,8%. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros da OMS, não está sendo o suficiente.

O Hemonúcleo de Araraquara está pedindo socorro desde o último dia 26 e apela por doadores através das redes Sociais, chegando a divulgar uma foto da situação alarmante do estoque:



Segundo a publicação estoque está reservado apenas para suprir emergências. Cirurgias eletivas terminam por serem adiadas no momento.lembrando que  além de abastecer hospitais de Araraquara o Hemonúcleo da cidade, inaugurado em 1992,  também abastece cerca de mais 10 cidades da região.







Cada Doação de Sangue pode Salvar até 4 Vidas!

a jovem funcionária pública Amanda de Pauli de 22 anos, estudante de Administração já doou sangue e pretende se tornar uma doadora Frequente.

A recente doadora de tipo Sanguíneo A+  compartilhou conosco de maneira sincera e descontraída seus medos e preocupações durante sua primeira doação, explica os procedimentos, revela o porquê vale a pena ser uma doadora frequente e ainda quais benefícios um doador de sangue pode conseguir.

Acompanhe a Entrevista:




  • Segunda
  • Laís Micheleti
    Laís Micheleti


    Quando você doou sangue pela primeira vez?
  • Amanda de Pauli
    Amanda de Pauli


    Comecei a doar sangue este ano.
  • Laís Micheleti
    Laís Micheleti


    O que te levou a ser uma doadora?
  • Amanda de Pauli
    Amanda de Pauli


    Uma prima minha estava com leucemia e precisava urgente, mas infelizmente ela acabou falecendo muito rápido, cerca de 50 dias depois de descobrir a doença. Quando soube que ela estava precisando eu queria doar, foi diferente, pois antes, nada me motivava pra fazer esse gesto.
  • Laís Micheleti
    Laís Micheleti


    Qual foi sua sensação na véspera da primeira doação?
  • Amanda de Pauli
    Amanda de Pauli


    Estava desesperada, morrendo de medo "rs". Pensei em desistir de tanto medo. O medo maior era o da agulha "kkk" pois última vez que operei, a enfermeira colocou a agulha do soro de um jeito errado e doeu "muuuuito". então traumatizei "kkkk". Até pra tomar soro no pronto socorro peço pra por agulha de bebê.
  • Laís Micheleti
    Laís Micheleti


    Quando achegou a hora de doar qual foi sua reação?
  • Amanda de Pauli
    Amanda de Pauli


    No dia da doação eu chegava a tremer de medo. Cheguei cedinho lá no hemonucleo na UNESP. então é servido um "lanchinho" (muito bom por sinal "rsrs"), então você passa por um tipo de entrevista sobre sua saúde, algumas perguntas íntimas também; Tudo isso pra ter certeza que está tudo bem com a pessoa, Procedimento de segurança. então o sangue é coletado pra fazer alguns testes, acho que de diabete, HIV, anemia etc. Se os resultados forem negativos é solicitado para que você aguarde numa sala, até que a maca seja liberada.
  • Laís Micheleti
    Laís Micheleti


    O processo “durante” a doação é desagradável?
  • Amanda de Pauli
    Amanda de Pauli


    Quando entrei as atendentes que coletaram o sangue( não sei ao certo se eram enfermeiras ou farmacêuticas) me receberam muito bem, sendo super atenciosas. Tão atenciosas que até me deram papel e apoio quando comecei a chorar de medo ( eu, desse tamanho todo, chorando que nem criança "hahaha") então aguardam até que você se acalme e te colocam na maca e muito delicadamente colocam a agulha no braço. Sim, a agulha e quase igual aquelas de soro que tanto tenho medo, mas não doeu! na verdade parecia só que estava tirando sangue. Então comecei a rir né. Estava tão desesperada a toa. Fui orientada que durante a primeira vez é melhor permanecer meio deitada na maca, mas que nas próximas doações é possível ficar sentada. Pois bem, durou um pouco mais de 7 minutos eu acho, e o tempo todo tinha que abrir e fechar a mão para o sangue sair com maia facilidade, foi meio estranho ver aquela bolsinha com tanto sangue, era meio escuro, e houve momentos em que o braco começava a doer, a mão gelava e as pontas dos dedinhos ficaram até meio Roxinhas.
  • Laís Micheleti
    Laís Micheleti


    Quanto ao processo pós doação, a recuperação é demorada?
  • Amanda de Pauli
    Amanda de Pauli


    Bom finalizado o processo, te liberam mas pedem pra aguardar um pouco antes de se levantar, para evitar qualquer tontura, afinal, tira bastante sangue.Então é solicitado o preenchimento de um formulário que questiona se o sangue está autorizado a ser doado ou se você deseja que seja descartado.Acredito que se a pessoa passa por tudo aquilo, a opção escolhida vai ser doar, ate porque se fosse só pra tirar tudo aquilo de sangue e descartar....."afffs" né "kkkkk" Bom após isso é servido mais um "lanchinho" pra comer Durante o dia eu fiquei meio "groguinha" sabe, e me deu "muuuuito" sono!! Cheguei em casa e dormi a tarde inteira e continuei com sono depois. E o braço ficou um pouco dolorido. Mas no outro dia já estava tudo normal!!
  • Laís Micheleti
    Laís Micheleti


    No seu círculo social, familiar e profissional existem muitos doadores?
  • Amanda de Pauli
    Amanda de Pauli


    Na minha familia meu pai e doador, além dele algumas pessoas já doaram também.

  • Laís Micheleti
    Laís Micheleti


    Por quais motivos você acredita que muitas pessoas saudáveis, não doam sangue?
  • Amanda de Pauli
    Amanda de Pauli


    Acho que o principal motivo das pessoas não doarem seja o medo. Talvez acreditem que vão passar mal, e que vá doer muito. Ou talvez seja a preguiça. Não sei.. mas vejo que muita gente só vai doar sangue quando algum parente precisa. Mas não com freqüência.
  • Laís Micheleti
    Laís Micheleti


    Qual sua motivação para continuar sendo uma doadora?
  • Amanda de Pauli
    Amanda de Pauli


    No meu caso comecei a doar pra ajudar um parente, mas agora quero doar sempre! É bom fazer o bem, saber que vai ajudar alguém e que dinheiro nenhum vai fazer aquilo que seu sangue pode fazer. E o legal é que, com uma bolsa de sangue é possível fazer varias coisas como transfusão, apenas separando os glóbulos vermelhos ou só os brancos, depende da necessidade da pessoa. Mas com uma bolsinha de sangue dá pra ajudar mais de uma pessoa. Homens e mulheres tem intervalos diferentes pra doar. Eu não me recordo muito bem, mas mulher é a cada 3 ou 4 meses. E, quem doa sangue também tem direito ao dia De folga, e sendo mais de três doações é possível conseguir isenção de taxas para inscrições em concursos públicos. Bom, acho que e isso, espero ter ajudado.


Se você chegou ao fim da entrevista motivado a salvar vidas veja o que é necessário:


Quem quiser doar precisa apresentar documento com foto, ter entre 16 e 69 anos, estar bem de saúde, pesar mais de 50kg, não comer alimentos gordurosos, não estar em jejum e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes da doação.
O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira das 07h às 18h e aos sábados, das 08h às 12h. O Hemonúcleo de Araraquara fica na Rua Expedicionários do Brasil (Rua 8), nº 1621 - Centro (Unesp). Mais informações e agendamento pelo telefone (16) 3301-6102.

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